Introdução
A Polícia Federal desmantelou um plano elaborado por membros do grupo de elite do Exército Brasileiro, conhecidos como “Kids Pretos”, que tinha como objetivo assassinar figuras políticas de destaque no Brasil. O plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, visava eliminar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal. A operação levou à prisão de cinco pessoas e revelou uma trama complexa para interferir no cenário político do país após as eleições de 2022. Confira todos os detalhes no Fuxico News.
O Plano “Punhal Verde e Amarelo”
O plano dos “Kids Pretos” para eliminar Lula, Alckmin e Moraes estava centrado em um suposto golpe de Estado, que deveria ocorrer em 15 de dezembro de 2022, pouco depois da diplomação dos eleitos. Segundo a investigação da Polícia Federal, os alvos principais incluíam não apenas o presidente e o vice-presidente, mas também o ministro Alexandre de Moraes, que era visto como um obstáculo para os planos do grupo. A operação foi detalhada meticulosamente, contando com estratégias que incluíam monitoramento contínuo dos alvos e ações coordenadas.
A Operação Contragolpe
A Polícia Federal lançou a Operação “Contragolpe” para desmantelar a organização criminosa. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, com base em provas recolhidas durante o inquérito sobre os atos antidemocráticos de 2022 e as tentativas de golpe de Estado. A operação resultou na prisão de cinco pessoas, quatro delas integrantes das Forças Especiais do Exército e um policial federal.
Quem são os “Kids Pretos”?
Os “Kids Pretos” são militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Eles são especialistas em ações sigilosas e complexas, preparados para atuar em situações de crise, conflitos armados e missões de contraterrorismo. O treinamento rígido inclui táticas de infiltração, operações camufladas e domínio de técnicas de inteligência. O apelido “Kids Pretos” surgiu devido ao uso de gorros pretos durante as operações.
Treinamento e Especialização dos Kids Pretos
Para se tornar um “Kid Preto”, o candidato deve passar por um rigoroso processo de seleção e treinamento. Isso inclui cursos de paraquedismo e “ações de comandos”, que exigem resistência física e psicológica. Os militares recebem instruções para atuar em missões de alto risco, muitas vezes em ambientes hostis. O curso dura cerca de cinco meses e é inspirado no treinamento das forças especiais dos Estados Unidos, adaptando técnicas de guerra irregular para o cenário brasileiro.
Detalhes da Operação da PF
A operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã do dia 19 de novembro de 2024 envolveu a prisão de cinco pessoas ligadas ao planejamento golpista. Dentre os presos estão quatro militares das Forças Especiais, incluindo um general de brigada da reserva e dois majores. Além disso, um policial federal, que teria colaborado com o grupo, também foi detido.
As Prisões e a Ligação com o G20
Os militares foram presos no Rio de Janeiro, onde estavam envolvidos na missão de segurança para a reunião do G20. A presença desses indivíduos em um evento de tamanha importância levantou suspeitas adicionais sobre a profundidade e a seriedade do plano golpista. As prisões foram realizadas antes das 7h, com a participação de várias unidades da Polícia Federal, que seguiram mandados autorizados pelo Supremo Tribunal Federal.
A Restauração de Provas e a Continuação das Investigações
Grande parte das evidências que levaram às prisões foram obtidas a partir de dados recuperados de dispositivos eletrônicos. Informações deletadas pelos investigados, incluindo material do coronel Mauro Cid, foram restauradas pelos peritos da Polícia Federal. Esses dados revelaram detalhes sobre reuniões secretas, comunicações criptografadas e o monitoramento constante dos alvos políticos.
Evidências de Monitoramento Contínuo
O ministro Alexandre de Moraes, alvo do plano, estava sob constante vigilância. A Polícia Federal descobriu que o grupo pretendia capturá-lo, caso o golpe fosse bem-sucedido, para, em seguida, tomar medidas drásticas contra ele. Esse monitoramento reforça a suspeita de que o grupo estava preparado para executar ações ousadas e potencialmente violentas, visando desestabilizar o governo eleito e neutralizar a oposição jurídica.
A Relevância do Inquérito em Andamento
O inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado e os atos antidemocráticos de 2022 está em fase avançada e pode ser concluído até o final deste ano. A Operação “Contragolpe” foi uma parte crucial do processo, revelando a organização de um grupo preparado para usar táticas militares contra o próprio Estado. A expectativa é que novas revelações e prisões possam ocorrer conforme as investigações avancem e novos dados sejam analisados.
Impactos Políticos e Repercussões da Operação
A descoberta do plano “Punhal Verde e Amarelo” trouxe à tona um debate sobre o papel das Forças Especiais no Brasil e a relação entre militares de elite e a política. A presença de integrantes das Forças Especiais no planejamento de um golpe levanta questões sobre a segurança institucional e o respeito à ordem democrática. As repercussões da operação devem impactar o cenário político, especialmente na relação entre as forças armadas e o governo eleito.
Conclusão: A Importância de Manter a Ordem Democrática
A descoberta de um plano para assassinar líderes políticos brasileiros, executado por membros das Forças Especiais, reforça a necessidade de manter uma vigilância constante sobre a segurança nacional. As investigações da Polícia Federal mostraram que a democracia brasileira foi posta em risco por indivíduos que estavam dispostos a usar seu treinamento militar para alcançar objetivos políticos. O país agora observa o desfecho do inquérito, com a expectativa de que a justiça seja feita e a ordem democrática preservada.
